sábado, 11 de outubro de 2014

» vem...



      vem cá, aproxima-te de mim, não tenhas medo. vem juntar o teu corpo ao meu. deixa-me sentir tudo o que tens para dar. deixa-me invadir-te a mente com espasmos e deixar a porta aberta ao prazer. vem cá, aproxima-te ainda mais. não tenhas medo, não te vou ferir, apenas quero redefinir a metafisica do teu preconceito. deixa a gravidade fazer o trabalho de nos unir. uma união de corpos numa guerra de sensações. rasga-me os lábios de beijos, fere-me a pele com as tuas palavras de intenso desejo por mim. vem cá, agarra-te a mim, não tenhas medo. deixa-me organizar esses furacões de pensamentos que tens dentro do teu coração, deixa-me libertar as asas das tuas aptidões. vem cá, deixa-me percorrer o teu corpo escaldante com as minhas mãos gélidas. não tenhas medo, só te quero fazer bem. quero fazer-te suar, implorar por mais um beijo, por mais abraço, por mais um pouco de tudo. quero deixar-te insaciável. quero fazer com que cada tua conexão nervosa fique ao rubro com cada movimento. neste momento não existimos, não individualmente. somos apenas um - um corpo, uma alma, um amor. vem cá, não te deixo fugir. quero-te tirar o fôlego, quero-te levar ao máximo. quero-te cobrir esse corpo deliciosamente concebido e na mais pura das suas formas com o meu. quero ser parte de ti, e quero levar parte de ti comigo. quero que venhas ter uma aventura comigo. quero-te fazer descobrir novos amores, novos ardores. quero que te desfaças dessa tua fobia pelo escuro, é apenas psicológico, um medo facilmente esquecido. quero expulsar esse frio que irradia de ti com o meu modesto e carinhoso calor. vem cá, não tenhas medo, não te vou magoar. quero que esqueças o passado e o futuro. quero que te foques apenas no presente instantâneo, quero que aproveites cada segundo desta jornada. vem cá só mais uma vez. quero-te elevar ao teu pico, quero os nossos corpos e mentes em sincronia e harmonia completas, sem mais nada a nos desviar a atenção. vá, não tenhas receio do fim, eu estou aqui para te proteger do que existe lá fora, do que não importa. agora mais do que nunca, não te retraias, quero-te no teu potencial exponencial. e agora, vem cá. desfere-me golpes na carne com esse teu olhar, e cura-me as feridas com o teu amor. vem cá, quero-te aqui, quero fazer disto a tua rotina, quero-me tornar no teu dia-a-dia. quero-te fazer concluir de que nada há no escuro que não consigamos vencer. nos somos infinito, somos apenas um - um corpo, uma alma, um destino. vá, não tenhas medo. vem viver a vida comigo, vem desfrutar comigo desta noite selvagem e escaldante que temos em nossa posse. deixa o medo ir, e deixa o prazer entrar, e simplesmente vem, e fica...